“Como a recessão acabou, estamos com o dedo no gatilho para emprestar”, afirmou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, ao Estadão/Broadcast. Cappi fez referência aos bancos brasileiros, que, segundo ele, estão com dinheiro no caixa e situação confortável para ampliar o volume de crédito no Brasil. A notícia também foi divulgada no site Estadão.
De acordo com o presidente do Bradesco, a ampliação do volume de crédito vai depender do PIB (Produto Interno Bruto). A perspectiva do Bradesco para a expansão do PIB em 2018 é de 2,8%. “Com uma taxa ao redor de 3%, é fácil prever que o crédito possa crescer 5%, o que torna 2018 um ano excepcionalmente bom”, previu Luiz Carlos.
Ainda segundo o executivo, depois de três anos de regressão do volume de crédito, é a hora da retomada da economia.
Bancos privados e públicos tenderão a se beneficiar de uma situação fiscal melhor
O presidente do Bradesco também comentou em entrevista ao Estadão/Broadcast que o setor privado também deseja participar do novo nicho de mercado que se abre com a reestruturação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“O BNDES tem cumprido e vai continuar cumprindo um papel importante na economia brasileira. É só olhar a importância dos bancos de fomento, como o Banco Mundial, o Banco Japonês, o Chinês e até o banco dos BRICS”, comparou.
Segundo Luiz Carlos, a mudança na formação das taxas da instituição para financiamentos de mais longo prazo torna a relação do BNDES com o Tesouro mais sustentável no longo prazo.
“Uma coisa importante das regras da taxa de longo prazo é que ela diminui a dualidade do mercado de crédito no Brasil. Os bancos privados e púbicos tenderão a se beneficiar de uma situação fiscal melhor, então esta é uma oportunidade grande para o sistema financeiro, principalmente no desenvolvimento do setor de infraestrutura, que é o grande desafio que temos nos próximos anos”, analisou Trabuco.