Em novembro, o cheque especial assumiu a liderança da linha de crédito com as taxas mais altas do mercado, ultrapassando até os juros do cartão de crédito, que teve uma queda de 337,9% ao ano, em outubro, para 289,6%, no mês seguinte. Esses dados, divulgados pelo Banco Central, foram publicados no blog de Regina Pitoscia, do Estadão.
Apesar dos cortes da taxa básica da economia neste ano, o juro do cheque especial se manteve alto, aproximadamente 12% ao mês. Esse índice é mantido pelos principais bancos desde o início do ano, com exceção do Santander que registrou, no período de 3 a 9 de novembro, juro de quase 15% ao mês. Veja a tabela abaixo com os índices de juro do cheque especial dos cinco principais bancos do país.
Banco Juro ao ano Juro ao mês
Caixa 306% 12,38%
BB 308% 12,44%
Bradesco 309% 12,45%
Itaú 312% 12,53%
Santander 423% 14,79%
(*) Período de 3 a 9 de novembro, fonte Banco Central
Lidando com as dívidas
Agora que o cheque especial se tornou uma modalidade de crédito mais cara até que o cartão de crédito, o consumidor precisa encontrar novas saídas para administrar o orçamento.
O crédito consignado pode ser uma boa opção para aposentados, servidores públicos e quem recebe o salário com crédito em conta corrente. As taxas desta forma de crédito podem variar de 2% a 3% ao mês.
Outra saída são as financeiras que oferecem crédito pessoal pela internet com taxas médias entre 3% e 4% ao mês em transações online. Nos bancos, um empréstimo pessoal pode ter juros de 4% a 6% ao mês. Todas essas opções são bem mais vantajosas do que as do crédito rotativo ou cheque especial.