O programa para expansão do empreendedorismo feminino, com a participação do Sebrae, seleciona startups que podem receber aportes que variam de R$ 50 mil a 5 milhões nos próximos 5 anos

Atualmente, apenas 2% dos sócios das startups brasileiras são mulheres, segundo a iniciativa Women Entrepreneurship (WE), programa de incentivo ao crescimento do empreendedorismo feminino no país. Pensando nisso, o projeto pretende, por meio da educação e do investimento financeiro, apoiar o desenvolvimento e crescimento dos negócios em que as mulheres estejam na liderança. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que participa do programa, as empresas selecionadas podem receber aportes que variam de R$ 50 mil a 5 milhões nos próximos 5 anos. As inscrições vão até o dia 7 de fevereiro, para participar.

Critérios de participação

As startups participantes podem estar em qualquer estágio de desenvolvimento. E além de serem iniciativas tecnológicas e digitais, um dos critérios de inscrição é que a empresa tenha ao menos 20% de participação societária feminina. Ademais, ainda existem algumas etapas nas inscrições do WE. Além do formulário de inscrições, terá uma conversa por vídeo conferência, e reunião em vídeo e presencial.

Além da iniciativa WE, a parceria pelo The We.Studio, empresa criada pelo fundo, também fará aportes de 50 mil a 500 mil. E irá oferecer mentoria técnica e capacitação de pessoas, negócios e de tecnologia. Em contrapartida, o Sebrae será responsável pelo conteúdo de capacitação no Portal do WE e do Sebrae Lab e os espaços de Coworking (locais de trabalho compartilhados).

A coordenadora do projeto de empreendedorismo do Sebrae, Renata Malheiros, acredita de o programa Women Entrepreneurship busca criar bases de uma cultura de inovação e empreendedorismo no Brasil, além de mudar a baixa participação de mulheres em cargos de liderança nas startups do país.

O fundo tem o objetivo de captar R$ 100 milhões em até 5 anos de projeto e já inicia o projeto com R$ 30 milhões. Desse modo, pretendem apoiar as empresas durante a fase conhecida como “vale da morte”, que é o momento em que há o maior risco de falência dos negócios. Isto é, quando os recursos financeiros estão abaixo do necessário para que a startup se mantenha. Assim, o projeto quer oferecer segurança financeira para que os negócios saiam dessa fase de risco e se expandem.