Faltam peças na indústria Brasileira devido ao surto do Coronavírus

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Devido ao coronavírus, 15% das indústrias do segmento de Tecnologia da Informação afirmam reduzir produção nos próximos dias

Faltam peças na indústria Brasileira devido ao surto do Coronavírus. Funcionário trabalhando em metalúrgica
Funcionário trabalhando em metalúrgica

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), cerca de 57% do setor de eletroeletrônico já lida com a falta de peças importadas da China que são utilizadas para montagem de produtos. Os fabricantes de celulares, computadores e demais produtos de Tecnologia da Informação têm encontrado maiores dificuldades para encontrar materiais e componentes voltados a esse segmento. O desabastecimento é devido ao surto de Coronavírus, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

De acordo com o levantamento de 50 indústrias feito pela Abinee, 52% das empresas já demonstravam preocupação com o desabastecimento duas semanas atrás, porém, esse índice subiu cinco pontos percentuais. Aliás, os fornecedores da China atingem 42% das peças importadas. E só em 2019 o volume exportado do país asiático para o Brasil totalizou U$ 7,5 bilhões.

Redução da produção

A escassez de peças tem afetado a redução da produção de indústrias do segmento, de acordo com a pesquisa da Abinee, 4% das fábricas suspendeu parcialmente suas atividades. Além disso, cerca de 15% declarou que pretende pausar a produção nos próximos dias, com preferência pela interrupção parcial. Contudo, a maioria, 54%, afirma que não pretendem reduzir a produção, mas isso depende de quanto tempo levará para normalizar o problema de abastecimento.

Aproximadamente 17% dos fabricantes esperam encerrar o mês de março com um resultado 22% inferior ao que haviam planejado. Ainda assim, metade deles acreditam que o desempenho desse primeiro trimestre de 2020 será mantido, mesmo com o desabastecimento, pois a expectativa é de que dentro de dois meses a importação de peças seja normalizada.

Por fim, o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, disse que embora mais fábricas chinesas possam suspender suas operações, não há risco para as indústrias brasileiras, já que a produção nacional deve dar conta das demandas atuais. Sem contar que, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança na indústria sobe pelo quarto mês consecutivo em fevereiro com 101,4 pontos.

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