Por ser um ano com diversas incertezas sobre a economia do país e até mesmo mundial, as empresas têm se planejado mais devido às propostas e expectativas da Reforma Tributária.
Reforma tributária
No Brasil as empresas chegam a pagar até 34% de imposto sobre o lucro, isso se forem somados os tributos como encargos trabalhistas e outras taxas, de acordo com os estudos feitos pela Confirb, empresa de consultoria tributária. Esse custo pode pesar no fluxo de caixa da empresa, principalmente este ano, pois a tendência é que o valor dos impostos aumentem.
Em 2020, por conta da pandemia, o governo tomou diversas medidas para ajudar as empresas a se manterem abertas e uma das principais ações foi a de adiar tributos e até mesmo parcelar em mais vezes os débitos. Devido a essas medidas, é esperado que o governo aumente a carga tributária na tentativa de encobrir a falta de arrecadação do último ano.
Veja também: A inadimplência de consumidores reduziu, mas falência nas empresas volta a crescer
Segundo entrevista publicada no portal eletrônico, Diário do Comércio, Robson Carlos, consultor tributário, nesse momento, para que as empresas continuem abertas, o planejamento tributário é o mais importante.
Uma das propostas da reforma é transferir o PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O especialista diz que mesmo que facilite o controle sobre o imposto, não há como negar o aumento da taxa que será de 12%, impactando, principalmente, as empresas do setor de serviços.
Os três tipos de tributação que temos são:
Simples Nacional – são encargos voltados a micro e pequenas empresas e por isso pode oferecer algumas vantagens tributárias como redução de valores cobrados.
Lucro Presumido – são encargos voltados a empresas que faturam igual ou menos que R$ 78 milhões e a forma de tributação é de acordo com a base nas margens reduzidas de lucro, folha salarial de valor baixo e despesa operacional menor.
Lucro Real – são encargos voltados a companhias que faturam mais de R$ 78 milhões anuais e a forma de tributação é calculada de acordo com o lucro líquido do negócio.
Todas as incertezas e a tendência de aumento na tributação, amplificam a necessidade de maior planejamento dos empresários em relação aos gastos e investimentos das empresas.
Investimentos das empresas para 2021
Estudos realizados pelo Sebrae apontam que 63% dos empresários de micro e pequenas empresas, estão positivos quanto a este ano. Em relação a investimentos, cerca de 13% dos negócios pretendem investir em divulgação, modernização de produtos e processos (13%) e ampliação do atendimento (9%).
Com os grandes impactos no mercado por conta da pandemia, cerca de um a cada quatro empreendedores (27%) disseram que não possuem condições de investir, outros 10% optaram por guardar dinheiro para caso tenha alguma emergência.
Outro ponto interessante é sobre o aumento do acesso ao crédito para os pequenos negócios. De acordo com os dados, de 11% de crédito aprovado para empresas durante o mês de abril, saltou para 34% de aprovações em novembro. Sem contar que com a nossa taxa Selic atualmente a 2% ao ano, as chances de conseguir um crédito com juros mais baixos é maior.
O levantamento foi feito durante o mês de novembro de 2020, entre os dias 20 e 24 com mais de 6 mil empresários.
Saiba mais: Restrição no CNPJ: Tudo o que você precisa saber
Assine nossa newsletter para ficar por dentro do mercado de crédito!